12 erros recorrentes nas composições musicais cantadas nas igrejas

Músicas cristãs podem conter heresias?

O pastor José Airton tratou deste tema no encontro da MCM(Mulher Cristã em Missão) no domingo, 21/08/2022.

Em sua mensagem, o pastor abençoou os presentes com uma análise teológica de cânticos e hinos, trazendo 12 erros recorrentes nas composições musicais cantadas nas igrejas. São elas:

  1. Falta de conteúdo bíblico. Ex.: Conquistando o Impossível (Jamily), canção completamente influenciada pelo humanismo, pelo romantismo do séc. XIX e o movimento da Nova Era, na qual o Homem está no centro. É fé na fé e não em Cristo.
  2. Citação bíblica invertida. Ex.: Deus de Promessas (Canção de Davi Sace), canção na qual expressões como o verso “És Deus de perto e não de longe” inverte as palavras do profeta Jeremias (Jr 23:23).
  3. Atribuir ao texto bíblico um significado estranho ao texto. Ex.: O bálsamo de Gileade (Ana Paula Valadão), canção na qual o  contexto do profeta Jeremias (Jr 8:22) é de juízo de Deus sobre o povo idólatra e o ponto central do texto é que não há unção, bálsamo, remédio ou médico em Gileade capaz de livrá-lo do juízo de Deus.
  4. Atribuir ao texto bíblico elementos que não estão nele. Ex.: A Batalha Do Arcanjo (Damares), canção que parece recriar uma passagem do livro de Daniel (Dn 10) que, no entanto, não fala que o anjo voltou para céu por ser impedido de passar.
  5. Interpretação alheia ao espírito das Escrituras. Ex.: Sabor de mel (Damares), canção que afirma que ser uma estrela é a recompensa do cristão fiel, esquecendo que vários heróis da fé judaico-cristã foram infiéis enquanto muitos que estão sem a salvação de Cristo são fiéis. Além disso é uma música que apregoa a vingança e o revanchismo.
  6. Atualizar um conceito obsoleto. Ex.: Toque no Altar (Ministério Apascentar de Louvor), canção que ensina a salvação pelas obras, esquecendo que a arca já não existe há muito tempo e que aponta erradamente de onde e de Quem vem nosso socorro e interpreta, equivocadamente, a passagem do livro de Reis (1 Rs 2:28-31). Joabe se agarrou nas pontas do altar do tabernáculo, mas foi morto ali mesmo. A letra desta música carece de uma leitura mais atenta do livro de Hebreus (Hb 9:11-15).
  7. Afirmações que conflitam com as Escrituras. Ex.: Com muito Louvor (Cassiane), canção que afirma que há momentos que Deus rejeita a oração (Jr 7,16; 11,14; 14,11-12; Is 59,1-2; 1Jo 5,16). “Nunca vi… ficar no sofrimento”, esquecendo de Jó, Jesus, Paulo e a realidade de muitos cristãos, principalmente em países que perseguem o cristianismo.
  8. Antropocentrismo (desvio de finalidade). Ex. Filho meu (Thalles Roberto), canção na qual Deus é apresentado como fraco, impotente, vítima e dependente emocionalmente. Trata-se de um hiper arminisnismo.
  9. Triunfalismo. Ex.: Nunca Pare de Lutar (Ludmilla Feber), canção que reune fuga da realidade e auto-ajuda. “O escape, o descanso, a cura”, “vem sem demora” como “recompensa” pela sua bravura. Isto é estoicismo (doutrina filosófica fundada por Zenão de Cício (335-264 a.C.), que louvava o homem resistente que não curvava diante da dor.
  10. Falta de sujeito definido. Ex.: Toca em mim de novo (Isadora Pompeo), do estilo de músicas que não definem o sujeito. Fica difícil saber a quem se está cantando, ou a quem atribuir as ações mencionadas.
  11. Universalização de experiências. Ex.: Contemplação (90 CC, 3ª estrofe), um trecho – Olhai! Da ensanguentada cruz, torrentes de tristeza e amor! Que dor, que amor do meu Jesus! Por mim, seu vil perseguidor” – que conta da experiencia pré-cristã de Paulo e, talvez, do compositor. Mas não é uma experiência de todos os crentes.
  12. Conflito doutrinário. Ex.: Minha Coroa (Hino 507 CC, estribilho), que ao dizer “Quando Deus me acordar” remete a doutrina do sono da alma (Adventista e das Testemunhas de Jeová).

Qual é a base bíblica para adoração cristã?

“Então cantaram Moisés e os filhos de Israel este cântico ao Senhor, dizendo: Cantarei ao Senhor, porque gloriosamente triunfou; lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro” (Êx 15,1); “E Miriã lhes respondia: Cantai ao Senhor, porque gloriosamente triunfou; lançou no mar o cavalo com o seu cavaleiro” (Êx 15,21); “Louvai ao Senhor, invocai o seu nome; fazei conhecidos entre os povos os seus feitos. Cantai-lhe, salmodiai-lhe, falai de todas as suas obras maravilhosas. Gloriai vos no seu santo nome; alegre-se o coração dos que buscam ao Senhor. Buscai ao Senhor e a sua força; buscai a sua face continuamente” (I Cr 16,8-11); “Regozijai-vos no Senhor, vós justos, pois aos retos fica bem o louvor. Louvai ao Senhor com harpa, cantai-lhe louvores com saltério de dez cordas. Cantai-lhe um cântico novo; tocai bem e com júbilo” (Sl 33,1-3); “Cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor, todos os moradores da terra. Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome; anunciai de dia em dia a sua salvação” (Sl 96,1-2); “Celebrai com júbilo ao Senhor, todos os habitantes da terra; dai brados de alegria, regozijai-vos, e cantai louvores. Louvai ao Senhor com a harpa; com a harpa e a voz de canto. Com trombetas, e ao som de buzinas, exultai diante do Rei, o Senhor” (Sl 98,4-6). Outros: Sl 106,1; Sl 113,1-3; Sl 117; Sl 135,1-3; Sl 146,1- 2;Sl 149,1; Is 12,5-6.

Cantando a Palavra de Deus e o Evangelho:

“Falando entre vós em salmos, hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração” (Ef 5,19); “Sem dúvida, grande é o mistério da fé: Aquele que se manifestou em carne foi justificado no Espírito, visto pelos anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo e recebido acima na glória” (1Tm 3,16); Fp 2,5-11.

A adoração é centrada na exaltação do Senhor, na publicação dos seus feitos e no  convite para que todos venham louvá-lo. A adoração bíblica é teocêntrica, cristocêntrica e  evangelhocêntrica; e não antropocêntrica e ególatra.

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