O que Jesus nos ensinou a pedir

O que pedir em uma oração

Geralmente, pedimos o que achamos que precisamos. Porém, nem sempre o que cremos precisar, é, de fato, o que realmente precisamos. Às vezes, somos como a criancinha com sono que, irritada, não reconhece que o que mais precisa é dormir e, por isso, chora, pedindo uma série de outras coisas que não a satisfazem e só a deixam mais irritada. Na oração que chamamos de “Pai nosso” (Mt 6.9-13), Jesus nos ensina a pedir aquilo que, de fato, precisamos. 

Que a vontade de Deus seja plenamente realizada. Muitos questionam: “Se Deus existe, porque há tanta maldade no mundo?” Certamente, realidades como fome, guerra e muitas doenças, seriam extinguidas caso o ser humano atentasse para dois mandamentos, amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo (Mt 22.37-39). A maldade no mundo existe não porque Deus não exista, mas porque a Sua vontade não é obedecida. Se, antes, fosse obedecida, a terra se tornaria céu. Por isso, Jesus nos ensina a pedir: “Seja feita a Tua vontade, assim na terra, como no céu”. 

Que nos seja dado o pão nosso de cada dia. Isto é, o que é necessário para a existência de cada dia, nem menos, nem mais. Isto está em concordância tanto com o ensino do Antigo quanto do Novo Testamento sobre contentamento (Pv 30.8-9; 1ª Tm 6.6-10). Não poucos são atormentados ao caírem na tentação de tirarem os olhos do muito que se tem, para o que não se tem; do pouco que é necessário, para o muito desnecessário. Na sede de se ter tudo, acaba-se por perder tudo; na sede de ter o que não se tem – e o que não se precisa – acaba-se por se perder o que se tinha – e o que, de fato, se precisava. Por isso, o conselho paulino, “devemos estar satisfeitos se tivermos alimento e roupa” (1ª Tm 6.8). 

Que tenhamos paz com Deus e com as pessoas. Para se estar em paz com Deus é necessário estar em paz com as pessoas. Para se estar em paz com as pessoas é necessário estar em paz com Deus. Para se estar em paz com Deus é necessário reconhecer e confessar o pecado (1ª Jo 1.9). Para se estar em paz com as pessoas é necessário reconhecer o quanto foi perdoado por Deus e, assim, perdoar as, pedir perdão para, e ser perdoado pelas… pessoas (Mt 18.23-35). O pedido ensinado por Jesus, “perdoa-nos as nossas dívidas, assim como também temos perdoado os nossos devedores”, resume essa verdade.

Que não entremos em tentação. A tentação é como um redemoinho, quanto mais tempo se fica nele, mais difícil de sair. Por isso, o melhor é não entrar nele. Quem foge da tentação livra sua alma, mas quem nela cai é como uma ave que caiu na arapuca ou como um peixe que mordeu a isca. Dificilmente se escapa e o fim é a morte. “Não nos deixe entrar em tentação, mas livra-nos do mal” é, portanto, pedir pelo livramento da morte e pela continuidade da boa e verdadeira vida em comunhão com Deus e com Cristo.

Certamente, podemos pedir por outras coisas. Aliás, todos os nossos pedidos devem ser conhecidos por Deus (Fl 4.6). Esses pedidos, porém, ensinados por Jesus, são imprescindíveis à vida e, por isso, não podem faltar em nossas orações. Essas são as coisas que, de fato, precisamos, quer, como criancinhas, reconheçamos ou não. 

Texto do Pr. Ricardo Arakaki no informativo da PIB do Brás do dia 30/07/2023.

Veja (ou reveja) a mensagem do Culto de Estudo Bíblico sobre este tema:
A oração do Pai Nosso (Mateus 6:9-13)

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