
Ainda na programação do Mês da Juventude Batista, no domingo do dia dos pais tivemos mensagem do seminarista Giorgio Shiraishi (@giorgio_sns) no culto matutino da PIB do Brás (@pibdobras) do dia 14/08/2022.
Moisés e Israel, ferramentas da vontade de Deus foi o tema da mensagem, baseada em Êxodo 3:7-14.
O povo de Deus é apresentado, lembrando de como passavam por dificuldades, tendo esse elemento em comum com o atual Povo de Deus, que é a Igreja.
Como povo, Israel se manteve unificado entre si, sem se misturar entre os egípcios. Talvez isso tenha acontecido por tradição, mas é evidente que os egípcios tinham desprezo pelos hebreus, não querendo se misturar com eles também, por causa de suas próprias tradições e restrições. O próprio José vivenciou isso (Gn 43:32) […] os egípcios não podiam comer com os hebreus, pois isso é abominação para os egípcios.
Os israelitas mantinham plena consciência de suas tribos (Êxodo 2:1) Os hebreus não tinham uma identidade de fé; mas não conheciam ao Senhor, sabiam algo sobre Ele, mas era superficial, Javé era provavelmente, mais um dentre tantos outros. O que existia sim era uma promessa feita entre Deus e Abraão, de que o povo iria para Canaã.
O povo sofria e clamava por debaixo da escravidão, sedentos por libertação, me arrisco até dizer, por um libertador, um condutor, um pastor. (Êxodo 2:23)
Moisés surge como ferramenta de libertação, pois cobria todos os pré-requisitos de líder da libertação de Israel: recebeu a melhor educação do Egito, sabia ler e escrever, sabia liderar, conhecia táticas militares, entendia da estrutura política e governamental da região, era “poderoso em palavras e obras” (At 7:22), filho de Abraão na carne (da tribo de Levi), teve 40 anos para se tornar humilde e menos inconsequente, marido de uma só mulher, associado a Ordem dos Profetas Batistas do Egito (esse é brincadeira). Ele é ou não é o que os hebreus precisavam? Só tem um problema, ele não tinha nem identidade (não era nem egípcio, nem hebreu, nem midianita) e nem caráter. Era medroso, impulsivo, problemas de comunicação, ficava dando desculpas . Moisés deu três desculpas para não realizar a tarefa que Deus lhe deu antes de recusar a missão de uma vez!
As coisas somente funcionam, se transformam e andam por causa da intervenção de Deus. Tanto Israel quanto Moisés não teriam como dar certo por conta própria. Porém, Deus tem pleno conhecimento, soberania e controle da história.
“Desde o início faço conhecido o fim, desde tempos remotos, o que ainda virá. Digo: Meu propósito ficará de pé, e farei tudo o que me agrada. Do oriente convoco uma ave de rapina; de uma terra bem distante, um homem para cumprir o meu propósito. O que eu disse, isso eu farei acontecer; o que planejei, isso farei.” (Isaías 46:10-11)
Deus tem uma forma, um plano de ação muito próprio, que sempre tem o melhor desfecho. Na história do chamado de Moisés, o Senhor já havia contado todo o seu plano e como sempre superava qualquer entendimento e elaboração humana.
Onde Deus tem um propósito, ele tem um plano de ação.
Deus tem um propósito para a Primeira Igreja Batista do Brás. Isso não é profecia, um simples bordão, e nem uma afirmação impensada. Onde o Corpo de Cristo local está, ali estão presentes pessoas que se dispuseram a seguir, a obedecer a vontade do Deus Triuno, e Ele sabe exatamente o que fazer e quando fazer, porque Ele é o senhor da história.
Entretanto, existe uma forma correta de agir de acordo com a vontade de Deus, isto é, conhecendo a Ele profundamente. Moisés e os hebreus não conheciam profundamente a Deus; Pela graça de nosso Senhor, hoje temos a Bíblia, que (como até mesmo a declaração doutrinária batista diz) “tem por finalidade revelar os propósitos de Deus”. Somente com as Escrituras podemos viver uma vida agindo de acordo com a vontade de Deus. Citando mais uma vez Provérbios:
A sabedoria o fará andar nos caminhos dos homens de bem e a manter-se nas veredas dos justos. (Provérbios 2:20)
E ainda,
“O temor do Senhor é o princípio do conhecimento, mas os insensatos desprezam a sabedoria e a disciplina.” (Provérbios 1:7)
Essas coisas demonstram coisas maravilhosas sobre o Senhor, antes de Moisés e se conduziam com seu próprio caráter, com suas próprias forças, e as coisas só mudaram quando eles foram moldados pelo caráter de Deus.
Paulo, em 2Co 12, demonstra isso de forma muito excelente. O poder do Senhor se aperfeiçoa na nossa fraqueza, não porque Deus queira nos deixar em estado de opressão, mas porque isso mostra que aquilo que nós não conseguimos fazer, ele consegue. Moisés não pode lidar com a opressão no Egito sozinho, seu plano deu errado, ele matou um homem, foi reprovado pelos seus irmãos, e teve de fugir. Mas com Deus, ele foi ferramenta para libertar Israel da escravidão e conduzi-los no deserto.
O caráter do homem pode mudar, ser aprimorado e transformado, mas o caráter de Deus não muda. Observamos que os tempos mudaram, hoje estamos aqui como Povo de Deus no Brás, em uma comunidade gentílica, e não no Egito em uma comunidade de hebreus, mas o Deus de ontem é o mesmo Deus de hoje (e de amanhã)
Queremos um homem de caráter para pastorear a igreja, mas nós estamos sendo um povo de caráter, que obedece a Deus? Temos sido líderes que não inventam desculpas para servir o propósito do autor da história?
Deus, trazendo o seu povo com seus pastores para executar sua vontade, diz: Tenham coragem, eu estou com vocês!
“Não fui eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem se desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar.” (Josué 1:9)
“Coragem, Zorobabel”, declara o Senhor. “Coragem, sumo sacerdote Josué, filho de Jeozadaque. Coragem! Ao trabalho, ó povo da terra! “, declara o Senhor. “Porque eu estou com vocês”, declara o Senhor dos Exércitos. “(Ageu 2:4)
Veja (ou reveja) o culto completo no YouTube da Primeira Igreja Batista do Brás